Originalmente de Lisboa, aperfeiçoada artisticamente no séc. XIX, depressa foi adoptada noutras cidades, nos países lusófonos, as ex-colónias portuguesas, e até em outras cidades do mundo foram requisitados mestres calceteiros para embelezar espaços pedonais e ensinar o seu ofício e a sua arte a estrangeiros.
Os motivos ou desenhos utilizados na Calçada Portuguesa são imensos, dos abstratos aos figurativos, e produzem efeitos surpreendentes nem sempre apreendidos pelos peões que as percorrem na sua azáfama diária.
Um dos padrões que mais gosto é o do Largo do Chiado.
Embora de uma simplicidade geométrica o efeito global, visto de cima, é fantástico.
Fotografia seleccionada a partir das Imagens do Google |
No centro ergue-se a estátua de António Ribeiro, o Poeta Chiado.
Nascido em Évora cedo abandonou a ordem Franciscana, mas nunca o hábito clerical, para viver celibatário em Lisboa, nesta zona da cidade, até morrer em 1591.
Em manuscritos, algumas publicações e num livro de miscelâneas foram encontrados vários autos, um pouco ao estilo de Gil Vicente, cartas e poemas jocosos e satíricos de sua autoria.
Mas a sua popularidade ficou dever-se sobretudo à capacidade de improvisar versos e de imitar virtuosamente as vozes e os gestos de diversas personagens conhecidas, encenando retratos da vida social da época.
Tendo em conta que a estátua de bronze, da autoria de Costa Motta (tio) sobre plinto em pedra de lioz de José Alexandre Soares, ali foi colocada pela vereação municipal em 1925, talvez esta seja uma imagem da Calçada Portuguesa original deste largo lisboeta.
Fotografia seleccionada a partir das Imagens do Google |
Gosto muito de seguir o teu blogue: as fotografias, os textos, os desenhos !
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